Grupo Energisa reúne nomes do Google e Microsoft para semana de capacitação, em Cataguases
Executivos de grandes empresas de tecnologia como Google, Microsoft e KPMG estarão reunidos na sede do Grupo Energisa, entre os dias 16 e 19 de outubro, para a semana de capacitação dos colaboradores em Cataguases. A Semana Tech contará com palestras e mesas-redondas sobre as principais tendências tecnológicas aplicadas ao setor de energia, como Sistema de Gestão de Distribuição Avançado (ADMS), gerenciamento de serviços de TI (ITSM) e segurança cibernética. O conteúdo estará disponível para estudantes de instituições parceiras da empresa, como Senai, Sebrae, Doctum e CEFET.
O encontro também será o cenário do primeiro Hackathon realizado pelo Grupo, que estará aberto também para o público externo. Programadores, designers e profissionais da área de desenvolvimento de software participarão de uma maratona tecnológica com o objetivo de criar e implementar uma solução usando inteligência artificial para um desafio real. No total, houve mais de 300 inscrições, das quais 80 foram selecionadas. A Energisa fornecerá recursos técnicos, mentoria e toda a expertise acumulada para enriquecer a experiência dos participantes.
“A inovação e o investimento em capital humano são dois pilares estratégicos do Grupo Energisa. Através da Semana Tech e do primeiro Hackathon realizado pela empresa, pretendemos impulsionar um salto de crescimento profissional tanto dos nossos colaboradores quanto dos participantes externos, permitindo que desenvolvam suas capacidades e habilidades da melhor forma possível”, afirma o Vice-Presidente de Tecnologia do Grupo Energisa, Gustavo Valfre.
A Semana Tech faz parte de um movimento de iniciativas que o Grupo Energisa tem feito para promover o desenvolvimento do estado de Minas Gerais. O evento terá a participação de executivos de big techs como Domenico Machado, Industry Advisor Energy & Natural Resources e Henrique Britto, Account Manager Energy & Natural Resources, ambos do Google; Marco Monteiro, gerente sênior da Microsoft; e Eduardo Pereira, sócio-diretor da KPMG.
Em setembro deste ano, a empresa deu início à 2ª turma do Rio Pomba Valley, programa que vai oferecer 760 horas de aulas de Tecnologia da Informação para jovens de baixa renda da Zona da Mata Mineira. A iniciativa tem o objetivo de criar um polo tecnológico e fomentar a economia criativa, formação e geração de empregos na região. Em 2022, o programa formou 35 jovens em TI, dos quais dez foram contratados pela Energisa, enquanto outros dois ingressaram em outras empresas.
O Pantanal é um bioma único e rico em biodiversidade, mas também é um dos mais vulneráveis à seca e aos incêndios florestais. Em 2020, os incêndios florestais no Pantanal devastaram mais de um quarto do bioma, matando milhões de plantas e animais. Queimadas naturais costumam acontecer no período da seca, de julho a outubro, mas a ação humana tem aumentado significativamente o número de incêndios – seja pelas consequências das mudanças climáticas, como as secas prolongadas, seja pelo uso descontrolado do fogo, como na limpeza de áreas de pastagem.
Na preservação ambiental, um dos objetivos é identificar rapidamente possíveis focos de incêndio e agir imediatamente para detê-los. Para ajudar a proteger esse rico ecossistema, a Energisa se aliou ao projeto Abrace o Pantanal, que utiliza uma combinação inovadora de câmeras, software de IA e equipes de acompanhamento para monitorar grandes áreas do Pantanal e identificar possíveis focos de incêndio de maneira preventiva.
A inteligência artificial é fornecida pelo software Pantera, desenvolvido pela startup Umgrauemeio e baseado em uma rede neural que foi treinada em um conjunto de dados de imagens de fumaça. O software de IA analisa as imagens das câmeras instaladas em torres de comunicação e outras estruturas no Pantanal em busca de sinais de fumaça. Ao identificar um possível foco de incêndio, o sistema faz uma triangulação, acionando outras câmeras para que elas confirmem se aquilo é realmente uma fumaça, um fogo. Com isso, em apenas 3 minutos, é possível identificar uma fumaça a quilômetros de distância. Quando isso acontece, o sistema envia um alerta para as equipes de monitoramento, que conferem as imagens manualmente e acionam o Corpo de Bombeiros para o envio de uma brigada de combate ao incêndio.
A iniciativa, inédita no Brasil, é uma das maiores do mundo de detecção preventiva de incêndios, com atenção 24 horas por dia, câmeras de monitoramento, inteligência artificial e brigadas. O Abrace o Pantanal protege 2,5 milhões de hectares do bioma, o equivalente ao território da Bélgica, e evitou a emissão de mais de 5 milhões de toneladas de CO2 em 2022.
Histórico do projeto
Na primeira fase do projeto Abrace o Pantanal, os equipamentos foram instalados em 11 torres já existentes, começando pelo território da Serra do Amolar, uma das áreas mais isoladas do Pantanal e que teve mais de 90% de sua rede de proteção afetada nos incêndios de 2020. O ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) cedeu um avião para o transporte de 3 toneladas de equipamentos até a região, o que permitiu o início do projeto de monitoramento, em parceria com a JBS.
A Energisa começou a apoiar a iniciativa há cerca de um ano, instalando inicialmente 2 câmeras com giro 360º em torres de comunicação que ficam em sua área de concessão. Na Central de Gestão, operadores treinados ficam monitorando os alertas emitidos pela inteligência artificial e decidem o que fazer com a ocorrência:
– Ao analisar aquela imagem, o operador avalia se realmente é uma queimada, pois pode ser uma pessoa fazendo churrasco, por exemplo. A IA detectou uma fumaça, mas pode não ser uma queimada. O operador interpreta aquilo e, se de fato identificar o perigo, aciona o Corpo de Bombeiros que então vai combater aquela queimada. Com isso, reduzimos o tempo de operação, de combate ao incêndio e evitamos que ele eventualmente se alastre, tome uma proporção maior. Essa é a ideia do projeto – explica Vinícius Ferreira Goulart, Engenheiro de Inovação do Grupo Energisa.
Treinando a inteligência artificial
A introdução da ferramenta tecnológica no Centro de Operações da Energisa não foi tão simples assim, pois exigiu uma mudança de rotina para o bom uso do novo sistema de monitoramento e, sobretudo, para ultrapassar as barreiras do desconhecimento e do ceticismo em relação à IA.
O “falso positivo”, quando a IA confunde algumas imagens com a fumaça e gera alertas falsos, foi uma das principais dificuldades encontradas no início do projeto. A inteligência artificial é capaz de processar rapidamente um grande volume de imagens e identificar manchas cinzas que podem ser sinais de fumaça, ou focos vermelhos e amarelados, que podem indicar a presença de fogo. Mas como ela pode saber se aquilo é realmente uma fumaça ou um fogo?
– Ela pegava, por exemplo, um espelho d’água, que tem um reflexo um pouco cinza, e aquilo às vezes parece fumaça, isso enganava a inteligência artificial. Então no começo do projeto, ela disparava alguns alertas, achando que aquilo era fumaça, mas não era, então o operador ia lá e corrigia. Ensinava à IA, “isso não é uma queimada”, e assim retroalimentava a inteligência. Outro tipo de falso positivo era com farol. À noite, aparecia aquela cor amarelada, a IA achava que era, também o operador verificava e corrigia. Então o operador ia retroalimentando a IA até que ela ficasse bem calibrada e mais eficaz. Esta é uma participação importante do ser humano neste processo – detalha Vinícius.
Com o tempo, o treinamento da inteligência artificial foi surtindo efeito e hoje já chega a um recall de 91%, que é a capacidade de um modelo para detectar todas as amostras positivas.
– É preciso ir junto com a IA, e com o tempo ela vai pegando. Ela vai aprendendo com o que vai acontecendo, e vai refinando. E realmente funcionou – relata Sharles Mendes, supervisor do Centro de Operações da Energisa. – O grupo começou a acreditar nas detecções da ferramenta quando ela evitou uma grande queimada no fim de 2022. Ela havia aprendido, ficou claro para todos! Foi uma queima em uma propriedade privada que poderia tomar grandes proporções. A ferramenta alertou adequadamente, fizemos o acionamento dos bombeiros e vimos que a coisa realmente funcionava.
Parceria com o Corpo de Bombeiros
A implementação dessa solução inovadora é resultado de um empenho coletivo da comunidade local, organizações não governamentais e setor privado, unindo diferentes habilidades e tecnologias. Além da Energisa, há uma rede de parceiros que atua em benefício da preservação ambiental do Pantanal, como a Brigada Aliança, o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e o Polo Socioambiental Sesc Pantanal.
Outra parceria fundamental para o projeto é o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso. Terceiro maior estado do Brasil, o Mato Grosso possui uma ampla área rural com regiões bem distantes de centros urbanos, de modo que é preciso ter uma rede de parcerias, com monitoramento preciso e fácil comunicação, para poder evitar deslocamentos desnecessários e melhorar o tempo de resposta.
– Sozinhos temos uma abrangência muito pequena. A parceria com a Energisa foi uma forma de prevenir os incêndios florestais. Elaboramos o Plano Conjunto de Prevenção aos Incêndios Florestais e Queimadas 2023, onde constam os objetivos da parceria e um cronograma de execução detalhando quais ações a serem realizadas, por quem e quando – conta Sheila Sebalhos, tenente-coronel do Comando Regional 1 (CR1) do Corpo de Bombeiros Militar do Mato Grosso (CBMMT).
A partir desse plano, foram identificadas as áreas de conservação próximas às linhas de transmissão da Energisa que são mais vulneráveis a incêndios florestais, onde são realizadas ações preventivas como limpeza das áreas, retirada de resíduos e materiais inflamáveis, e implementação de asseios. Além disso, colaboradores da empresa passaram por um treinamento do Corpo de Bombeiros, aprendendo técnicas de combate a incêndios florestais, primeiros socorros e segurança do trabalho, de modo a se capacitarem para um eventual atendimento inicial até a chegada dos brigadistas.
Outra medida importante foi a criação de uma linha direta (hotline) para acionamento do Corpo de Bombeiros. Antes, quando necessário, eles eram acionados pelos operadores da Energisa através da central de atendimento comum disponibilizada pela instituição. Com o projeto e a necessidade de resposta rápida às detecções da IA, além da transmissão de imagens e coordenadas de localização, fez-se necessária a criação de um canal exclusivo de comunicação. Essa precisão e agilidade fizeram a diferença num caso de julho deste ano, quando os bombeiros foram acionados pela equipe da Energisa:
– Como foi repassado ao Corpo de Bombeiros o trajeto georreferenciado das linhas de transmissão da Energisa, conseguimos fazer o envio das equipes ao local específico, no ponto exato, e eventualmente ter contato com quem está próximo para tentar perceber a gravidade da situação e evitar deslocamentos desnecessários – conta a tenente-coronel Sheila.
Resultados
Trazer uma inovação dessa natureza com impactos socioambientais positivos através da prevenção gerou um sentimento positivo nos colaboradores da Energisa e também uma nova relação da empresa com a comunidade, com os órgãos públicos e com a sociedade em geral.
– Nós éramos muito reativos antes da ferramenta aqui no Centro de Operações, ou seja, agíamos depois que já se tinha um determinado problema. Quando veio a ferramenta, tivemos a possibilidade de conseguir agir quando a coisa está começando a acontecer. Agora estamos sendo proativos. Estamos vendo como a empresa pode ser ágil e ter cuidado com o Pantanal – orgulha-se Sharles.
Claro que a Energisa também tem benefícios diretos, uma vez que, ao monitorar os focos de incêndio, evita que as queimadas afetem sua rede de transmissão e gerem interrupção no fornecimento de energia elétrica. Mas o foco do projeto é sempre a proteção da fauna e da flora pantaneiras:
– Durante a experimentação em si, a gente não verificou nenhum prejuízo neste sentido, pois não teve nenhuma ocorrência nas nossas redes. O que evidencia um bom resultado, pois evitamos que a queimada chegasse na rede. O número que temos é o de queimadas identificadas pela IA, que são mais de 170 – comemora Vinícius.
Sobre o Abrace Pantanal
O Abrace Pantanal faz parte de uma iniciativa ainda maior chamada Abrace a Floresta que, por também meio da plataforma Pantera, traz uma dimensão ampla de monitoramento e gestão na prevenção e combate a incêndios em tempo real, com proteção da biodiversidade. A intenção do Abrace a Floresta é triplicar o alcance do projeto no Pantanal, além de futuramente estendê-lo a outros parques e reservas nacionais, como a Chapada dos Veadeiros (Goiás), Chapada dos Guimarães (MT) e áreas da Amazônia.
Energisa é reconhecida como uma das empresas mais inovadoras do setor elétrico
A Energisa foi reconhecida como uma das empresas mais inovadoras do setor elétrico pelo anuário Valor Inovação Brasil 2023, do Valor Econômico. Neste ano, a companhia ficou em 2º lugar no setor elétrico e em 28º lugar no ranking geral das 100 empresas mais inovadoras do Brasil. Isso representa um salto de 32 posições em relação ao ranking de 2022, quando a empresa havia ficado em 60º lugar, fruto do compromisso de investir continuamente em pesquisa e inovação.
O programa de inovação da Energisa é baseado na ideia de que a empresa deve estar sempre à frente das tendências tecnológicas e oferecer aos seus clientes as melhores soluções possíveis. A companhia acredita que a inovação é fundamental para garantir a competitividade no setor elétrico, que está em constante transformação.
Atualmente, os temas de inovação que o Grupo mais investe são em advanced analytics e inteligência artificial aplicada à gestão de serviços de campo (alocação de equipes, comercialização de energia e gestão da vegetação); automação e resiliência do grid via desenvolvimento de sensores e equipamentos para suporte à tomada de decisão dos times de Engenharia e Operação da rede; e, por fim, a novos negócios relacionados a geração distribuída, mobilidade elétrica e sistema de armazenamento de energia (Energy Storage System).
A Energisa ainda explora oportunidades em geração distribuída, mobilidade elétrica e sistemas de armazenamento de energia, contribuindo para a diversificação e sustentabilidade do setor elétrico.
Vários destes projetos já foram temas de matérias aqui no Energisa Juntos. A seguir, conheça alguns dos projetos de inovação da Energisa:
Fintech Voltz: a jornada de pagamentos da conta de energia para todos:
A fintech Voltz é um exemplo concreto da busca contínua da Energisa pela inclusão digital e financeira de todos os públicos. Nasceu como um processo de venture building dentro da companhia e concentra-se na jornada de pagamentos da conta de energia para as classes B, C e D.
O Energisa Digital Labs (EDL) é um centro de excelência em advanced analytics e inteligência artificial. Seu objetivo é construir produtos e serviços voltados para os clientes e soluções para o setor elétrico brasileiro. O laboratório se destaca como um espaço para inovação, criatividade e colaboração entre colaboradores, parceiros e clientes. O EDL busca estreitar parcerias com players de mercado, ecossistema de startups e instituições científicas para gerar valor por meio da inovação tanto para a Energisa quanto para o setor elétrico brasileiro e mercados internacionais.
O E-nova é uma incubadora de ideias que funciona como uma incentivadora do empreendedorismo dentro do Grupo na mesma lógica das startups, permitindo desenvolver novos produtos, verificar sua viabilidade, aperfeiçoá-los e multiplicá-los. Com foco na novidade e na melhoria contínua, a plataforma já conta com mais de 6,6 mil usuários, 1,3 mil autores de ideias e aproximadamente 3 mil ideias cadastradas.
O projeto de P&D dos religadores monofásicos Rocket-1 trouxe uma solução inovadora ao isolar trechos da rede elétrica onde ocorreu a falta de energia, permitindo o fornecimento de energia em outras áreas. O produto já rendeu 10 parcerias internacionais de representação comercial e três patentes nacionais e internacionais. Através da fábrica própria instalada em Atibaia (SP, a Energisa produz mais de 300 religadores monofásicos por mês, que são utilizados pela Energisa ou vendidos para outras concessionárias. A mesma linha de produção comportará a fabricação de outro produto da inovação Energisa, o F-Loco, equipamento para localização de falha na rede de distribuição.
Drones e inteligência artificial na inspeção de linhas e redes
A Energisa utiliza a inteligência artificial combinada com drones para detecção de anomalias na inspeção de linhas e redes. Essa solução resultou mais que triplicou a quantidade de apontamentos de anomalias críticas e muito críticas, sendo capaz de inspecionais mais de 30 mil estruturas em tempo recorde.
A plataforma VERA, baseada em imagens de satélite, possibilita o reconhecimento e gestão da vegetação, permitindo o monitoramento e planejamento de podas preventivas. Essa inovação evita impactos com a rede elétrica e interrupções no fornecimento de energia. Assim como os religadores monofásicos Rocket 1 e o F-Loco, o VERA será comercializado no mercado, ajudando a resolver um desafio tão importante e complexo para as distribuidoras e transmissoras de energia.
Conheça o E-nova, a incubadora de ideias do Grupo Energisa
Plataforma colaborativa de desenvolvimento de projetos estimula o empreendedorismo e a criatividade dentro da empresa
A expressão "reinventar a roda" é usada para descrever situações em que alguém tenta criar uma solução inovadora para um problema que já foi resolvido anteriormente. Mas será que a roda que utilizamos é a mesma desde sua invenção?
Um exemplo inspirador é a evolução das rodas de bicicleta ao longo dos anos. Inicialmente, elas eram construídas com aros de madeira conectados a eixos centrais, como as rodas de carroça. Em 1818, o inventor alemão Karl von Drais desenvolveu a draisiana, uma precursora da bicicleta moderna, que já contava com uma roda dianteira direcionável, com um pneu de borracha sólido e armação de aço. Algumas décadas depois, a introdução do pneu inflável de borracha marcou outro marco importante na evolução da roda de bicicleta, proporcionando um passeio mais suave. Em 1885, John Starley retira o pedal do eixo da roda e o transfere para um sistema conectado com engrenagens e correia, como é hoje, dando fim à era das antigas bicicletas com a roda dianteira gigante e a roda traseira pequena. A verdade é que desde a invenção da bicicleta, a roda já foi reinventada inúmeras vezes.
Graças ao espírito inovador de muitos inventores, a bicicleta conseguiu se tornar o produto que é hoje, simples e sofisticado ao mesmo tempo. Da primeira roda para a bicicleta, e desta para a primeira startup que a incluiu na mobilidade urbana sustentável, percebem-se incrementos de criatividade que vêm melhorando a qualidade de vida das pessoas e gerando novos negócios.
E o Grupo Energisa sai na frente neste sentido. Com a plataforma E-nova criada em 2013, a empresa vem apostando na criatividade de seus colaboradores para produzir resultados que não só agilizam seus processos, mas também geram negócios. O E-nova é uma incubadora de ideias que funciona como uma incentivadora do empreendedorismo dentro do Grupo na mesma lógica das startups, permitindo desenvolver novos produtos, verificar sua viabilidade, aperfeiçoá-los e multiplicá-los.
– O E-nova é o programa interno de ideias do Grupo Energisa que busca o incentivo e democratização da inovação para todos os colaboradores. Funciona através de um ambiente virtual, interativo e colaborativo, valorizando o trabalho em equipe, com foco nos resultados. O objetivo principal do programa é promover o teste de boas ideias, replicação dos resultados para todo o Grupo e o lançamento de novos produtos, com a marca Energisa – explica Thiago Enei, coordenador de gestão da inovação da Energisa.
O sucesso do E-nova é resultado do compromisso da alta liderança e de multiplicadores da iniciativa dentro do Grupo Energisa, de modo a progressivamente engajar o time em uma cultura inovadora. A cada ciclo do programa, é realizada uma premiação como no foto acima para reconhecer os colaboradores que apresentaram ideias e tiveram projetos aprovados e implantados.
Na Central de Ideias do E-nova, tudo funciona como uma rede social, onde é possível acessar as ideias, curtir, comentar, marcar amigos e acompanhar toda a evolução da iniciativa através de interações diversas entre os colaboradores do Grupo Energisa. E mais: há na plataforma um sistema de gamificação que gera um ranking automático dos colaboradores, em função das suas interações. Há bottons que identificam o nível conquistado por cada colaborador, em determinados temas, como por exemplo: Idealizador, Colaborativo e Implantador de Ideias. Estas conquistas de pontos são quantificadas em moedas virtuais que permitem a retirada de prêmios na lojinha virtual do E-nova.
O primeiro produto desenvolvido dentro do E-nova é a “cunha separadora de cabos” criada pelos colaboradores Mailson Lourenço, Eliezer Martins de Assis e Waldson Marcos Santiago. O objetivo era resolver um problema comum no trabalho dos eletricistas: a separação de fases de cabos multiplex utilizados nos postes da rede elétrica. O profissional usava algum utensílio artesanal, como um pedaço de madeira, em um improviso que já vinha se naturalizando, mas que tornava a atividade mais difícil e demorada. Com um olhar crítico para esse problema, colaboradores ousaram desenhar um instrumento ergonômico e prático para trazer mais eficiência e segurança ao processo. O novo produto já foi aprovado e está no período final de testes para ser incorporado como ferramenta de trabalho na Energisa. Os criadores da inovação não escondem o orgulho em ver a peça acabada:
– A peça se chama “cunha separadora de cabos” e já tem patente depositada no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) como propriedade do Grupo Energisa. Agora estamos realizando a parceria comercial com um fornecedor para produção da peça em maior escala.
Para produzir os experimentos aprovados, o Grupo Energisa tem parceria com laboratórios da rede FabLab, que têm por objetivo promover a cultura do “faça você mesmo”. O FabLab é um laboratório multidisciplinar de prototipagem da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) que dispõe de diversos equipamentos necessários para a construção de novos produtos, como impressora 3D, cortadora a laser e fresadora de precisão.
– No laboratório FabLab da UFPB, realizamos uma imersão com eletricistas de campo, alunos de graduação e técnicos do laboratório para criação da nova ferramenta. Após a ideação, a peça foi impressa, com apoio de uma impressora 3D, e conseguimos realizar os testes em campo do protótipo criado. Em seguida, realizamos mais um ciclo de ideação, depois dos testes em campo, obtendo as melhorias e versão final da peça.
Essa história de sucesso é apenas um exemplo do potencial transformador que a inovação pode ter no ambiente de trabalho. O Grupo Energisa, por meio de sua plataforma E-nova, demonstra seu compromisso com a criatividade, incentivando seus colaboradores a gerar ideias, testá-las e transformá-las em novos produtos e negócios. Essa cultura inovadora reflete o reconhecimento de que a invenção e a reinvenção são essenciais para impulsionar o sucesso e oferecer soluções cada vez melhores para os desafios do mundo atual.