Investimento em rede elétrica de Canarana deixa município mais preparado contra raios
O aumento da incidência de descargas elétricas em Mato Grosso tem aumentado a necessidade em investimentos para deixar a rede elétrica cada vez mais preparada para impactos climáticos. Além das ações preventivas, como podas no entorno das estruturas de energia, a Energisa tem realizado investimentos estratégicos em regiões com alta concentração de raios. Em Canarana, por exemplo, foram investidos R$ 300 mil em apenas uma região, que abrange a oito mil imóveis, entre comerciais e residenciais.
Em 2021, só em Mato Grosso foram 18,5 milhões de raios, 35% a mais do que no ano anterior. De acordo com o coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosféricas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Osmar Pinto Júnior, os raios devem aumentar de 77,8 milhões para 100 milhões no país, que já lidera o ranking de países com incidências de descargas. Em entrevista à Agência Brasil, o especialista afirmou que as mudanças climáticas influenciam esse fenômeno, uma vez que “tempestades e raios aumentam devido à umidade do ar e altas temperaturas”. Além disso, acrescentou que a incidência fica ainda maior durante a primavera e o verão, temporada que é mais propícia para esse tipo de fenômeno.
O coordenador de operações da Energisa Mato Grosso, Vinicius Marques, explica que o exemplo de Canarana é importante porque só no município foram registrados em 2021 mais de duas mil descargas atmosféricas. “É muito importante ressaltar que o sistema de redes elétricas na maior parte do mundo é aéreo, por causa do custo mais baixo de implantação para os consumidores. Ou seja, sempre vamos ter o impacto de quedas de raios nessas instalações. No entanto, é muito relevante ter o investimento em equipamentos que absorvam e minimizem os efeitos dos raios, evitando quedas de energia, agindo de forma estratégica”, ressaltou Vinicius. No estado todo, foram investidos R$ 400 milhões em obras na rede elétrica.
Outro ponto também investido pela concessionária foi a inserção de religadores, que são equipamentos responsáveis em setorizar as áreas atendidas por redes elétricas, favorecendo o restabelecimento da energia. “Os religadores agem dividindo as regiões atendidas pelas nossas redes, o que deixam os trechos de distribuições mais curtos. Assim, quando uma dessas partes for atingida, a quantidade de unidades consumidoras (UCs) impactadas são menores”, explica o coordenador.
Duas vezes por semana, Leonardo Calazans, morador de Nova Iguaçu, região metropolitana do Rio de Janeiro, levanta de sua estação de trabalho – adornada por um tapete personalizado, sofá para visitas e livros de fantasia –, e sai para almoçar com Cecilia Lourenço, moradora da capital do Rio, a 40 km de Leonardo, e com Bruno Sana, que vive em Aracaju (Sergipe), a nada menos que 1.825 km de distância. Não, Leonardo não tem um helicóptero ou avião particular. Também não possui fisicamente um escritório como o descrito acima. Os três interagem virtualmente no metaverso da Voltz, fintech da Energisa, da qual fazem parte. Dos encontros de seus avatares já saíram, além das brincadeiras comuns de colegas nos horários livres, soluções para questões difíceis, como o desafio dos estagiários e demandas de trabalho.
Não é à toa que essa ferramenta hi-tech, que ainda soa para muitos como uma ideia futurista e distante, já está presente no cotidiano dos funcionários da Voltz. A empresa nasceu justamente em meio à pandemia de Covid-19, momento em que o mercado de trabalho global se viu obrigado a mandar seus funcionários para casa e fazer do home office uma realidade. Por conta disso, a fintech do Grupo Energisa possui em seu DNA a mentalidade chamada de remote-first – um modo de trabalho que privilegia a colaboração e interação à distância.
Tiago Compagnoni, co-CEO da empresa, explica que abraçar esse tipo de solução faz parte da cultura de startups como a Voltz:
– A tendência é que iniciativas como essa, que começam por necessidade ou até por brincadeira, se desdobrem em produtos e serviços para nossos clientes. Enquanto o colaborador tem uma experiência positiva e prazerosa dentro da plataforma, eles têm mais tempo e liberdade de pensamento para serem mais criativos e dinâmicos.
Durante o expediente, os avatares dos colaboradores caminham, se encontram, almoçam e fazem reuniões no escritório da Voltz – ambiente virtual criado por eles mesmos. Em seus espaços pessoais, os funcionários podem customizar sua experiência com o que se sintam mais conectados, como Leonardo, que estendeu sob os pés de seu avatar um tapete com a foto do jogador argentino Messi, ou até um criar um jardim zen, para trabalhar em meio a plantas e bonsais. Para conversar com um parceiro de trabalho, basta se aproximar do avatar alheio que uma câmera se abre e o diálogo pode começar. Em salas de reunião, por exemplo, assim que o avatar adentra o recinto, passa a receber o áudio e o vídeo do que ali está sendo apresentado.
– Ficou mais fácil abrir uma comunicação, compartilhar tela de trabalho, ajudar, ensinar, montar reuniões, tirar dúvidas, enfim… Existem muitas ferramentas interativas. Podemos juntos criar esboços, usar quadros, criar painéis de avisos etc. E além de tudo, personalizar nosso escritório e a nossa baia como quisermos – explica Vitor Braz, tech lead e desenvolvedor na squad de antecipação da Voltz.
Arraiá da Voltz no metaverso
A construção do metaverso da Voltz aconteceu por meio da ferramenta Gather, plataforma que mistura formas de comunicação por telepresença tradicionais, como o Zoom ou o Teams, e elementos de conversa online em partidas de videogame. Espalhados em 37 cidades de 12 estados brasileiros, os mais de 120 colaboradores do time da fintech viu na ferramenta uma solução para aumentar a interação – a princípio impedida pelas barreiras geográficas – de forma criativa e melhorar ainda mais a experiência do cotidiano de trabalho.
O sucesso foi tão grande que a ideia acabou adotada pela empresa como modelo de gestão e aumento de produtividade. Hoje, o recurso é utilizado por quase todos os funcionários da empresa, que tem 100% de seus colaboradores em sistema remoto (embora possua escritórios em Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro).
– O mais interessante é que não foi uma imposição da empresa, foi uma iniciativa dos próprios times que buscavam meios de tornar mais presentes e fluidas suas interações, mesmo à distância. Como aumenta a produtividade, com segurança e autonomia, e aproxima quem está longe de quem está mais perto de nossos escritórios físicos, abraçamos juntos a ideia – conta Daniel Orlean, co-CEO da Voltz.
Mais do que simples diversão, a Voltz viu a comunicação entre os colaboradores aumentar exponencialmente a ponto de já apresentar a empresa para clientes diretamente de seu escritório no metaverso. Foi por meio da ferramenta que o time desenvolveu e evoluiu produtos como Empréstimo Pessoa Física, Antecipação de Fornecedores e Adimplência.
Segundo Vitoria Pacheco, UX designer da empresa e moradora do estado do Rio Grande do Sul, uma das experiências mais interessantes com o metaverso foi a apresentação de um projeto feito pelos estagiários da fintech para todos os colaboradores no ambiente virtual:
– A apresentação consistiu na replicação de telas de Jokenpo (o jogo "pedra, papel, tesoura") exibidas no Figma e que foram transformadas em um website. O objetivo era mostrar o jogo funcionando de forma que pudesse ser visualizado e jogado em diferentes dispositivos. Era um exercício de autonomia e criatividade que foi orientado por outros desenvolvedores da Voltz.
A finalização do exercício transformou-se em uma apresentação divertida feita através do metaverso no Gather, onde todos aqueles que estivessem livres poderiam entrar na sala de reuniões do espaço e participar. Não só como espectador, mas também como usuário-teste do website desenvolvido pelos estagiários.
Recurso que permite encurtar e até abolir barreiras físicas, o metaverso da Voltz vem ajudando não apenas na comunicação e otimização da produção, como no bem-estar emocional da equipe, proporcionando uma real sensação de pertencimento e coletividade.
– A ferramenta ajudou nas mais variadas frentes, e contribuiu principalmente na união do time, já que todos moramos longe e não temos contato pessoalmente durante o ano todo. Essa facilidade de aproximação fez com que a equipe se conhecesse melhor – relata Vitor Braz. – Nos deu a leveza do sentimento de estarmos próximos aos nossos amigos, conhecê-los melhor e batermos papo enquanto estamos trabalhando. Ajuda também a não nos sentirmos sozinhos, pois nos dá a sensação de que de fato estamos no escritório e temos sempre um companheiro quando precisamos dele.
Conheça a Vila Restauração, que recebe projeto pioneiro de energia solar
A Vila Restauração, comunidade remota localizada a 70 quilômetros do centro do município de Marechal Thaumaturgo, no Acre, está recebendo 600 painéis fotovoltaicos e baterias em um projeto em parceria entre a Energisa e a Alsol, que garantirá o fornecimento de energia elétrica 24 horas por dia aos moradores.
A iniciativa animou a população, acostumada a pouco mais de 3 horas de energia elétrica por dia, gerada por um equipamento a diesel, altamente poluente e caro. “Na cidade a gente sabe que se paga a energia depois do uso. Aqui a gente precisa pagar antes de usar”, disse Pedro Nascimento, morador da Vila Restauração.
Em um dos lugares mais remotos do Brasil, cercado pela Floresta Amazônica e com cerca de 750 habitantes, os habitantes da Vila Restauração sofrem com dificuldades para coisas básicas, como o armazenamento de alimentos. Maria Valcélia contou que já perdeu comida por causa da impossibilidade de guarda-los em geladeiras. Com a iniciativa da Energisa, passou a planejar, inclusive, empreender.
“Meu sonho é montar um restaurante”, revelou a moradora. “Eu nasci para fazer comida. Com energia, tudo vai ser mais fácil”.
“Graças a este projeto os moradores da comunidade terão melhor qualidade de vida, podendo armazenar seus alimentos e medicamentos, investir em negócios, além de terem acesso a informação e entretenimento”, disse o CEO do grupo Energisa, Ricardo Botelho. “Nossa missão não é apenas prestar um serviço, mas transformar vidas e permitir a realização de sonhos”, completou.
Condomínio sem inspeção de segurança pode gerar risco a moradores, alertam especialistas
Os condomínios são vistos como uma opção de moradia segura, sejam eles de casas ou prédios. Mas tem um alerta importante. As medidas de controle não podem impedir que concessionárias que fornecem serviços básicos, como os de água, esgoto e luz, realizem inspeções que também servem para garantir a segurança dos próprios moradores. O gerente de serviços comerciais da Energisa em Mato Grosso, Murilo Marigo, explica que o sistema de energia requer cuidados periódicos e preventivos e que a empresa mantém uma relação próxima e transparente com todos os clientes e isso se estende aos síndicos.
“A Energisa possui um cronograma de investimento e inspeções nas redes de energia para manter a qualidade do fornecimento do serviço. Mas, em alguns momentos, encontra problemas para poder acessar os condomínios e realizar as atividades necessárias. Para nós, ter o acesso livre, garante os reparos, as inspeções periódicas e os serviços necessários pra atender bem os condomínios. E isso vale também para evitar problemas futuros, como curto-circuito, troca emergencial de algum equipamento e regularização das redes”, explica Murilo.
O advogado Miguel Zaim, que é presidente da Comissão de Direito Condominial da OAB de Mato Grosso, vai além e cita que o Código Civil, no Artigo 1.348, que define que as concessionárias não podem ser impedidas pelo síndico, porteiro ou vigilante do condomínio de realizarem o corte do fornecimento de serviços públicos, tais como luz, gás e água, nos casos de falta de pagamento por parte do morador ou proprietário de apartamento em condomínio. “Então, é importante, sobretudo, o síndico ter bom relacionamento com as concessionárias, seja de água ou de energia. Muitas vezes essa concessionária tem que entrar no condomínio pra dar as manutenções na rede e isso tem que ser autorizado pelo gestor do condomínio. O síndico tem que ter uma boa tratativa, porque são serviços técnicos e existe uma responsabilidade muito grande e existe perigo de algum acidente”, afirma o advogado.
Segurança é um valor
A segurança na hora do controle de entrada e saída, seguranças, oferecem essa proteção. Porém, existem alguns cuidados tomados pelos síndicos que podem manter o local ainda mais seguro. “No caso de contratação de um profissional para fazer intervenção na parte elétrica do condomínio ou que tenha um contato com a rede de energia, é interessante chamar e pedir para a concessionária de energia acompanhar ou intervir, se for o acaso. Esse prestador de serviço deve ser um especialista na área”, comenta Miguel Zaim.
Mas como identificar um prestador de serviço?
No caso da Energisa, todos os prestadores são devidamente identificados, com crachás, tanto funcionários das empresas, quanto de empresas de apoio. Para Pablo Couto, que síndico de um conjunto de apartamentos em Cuiabá, se um administrador for negligente, pode ocorrer problemas gravíssimos e, por isso, há a necessidade de manutenção qualificada. “O acesso da companhia que fornece energia é fundamental para garantir o bom funcionamento, além de atualizar os equipamentos com as regras e normas vigentes”, explica Pablo.