Energia elétrica de qualidade gera avanços no campo, mas é preciso cuidar da segurança
As máquinas agrícolas têm evoluído para modelos cada vez mais tecnológicos, com computadores de bordo que permitem calcular milimetricamente o plantio no campo. Além dos ganhos em inovação, esses veículos são cada vez maiores, o que reflete na produtividade e na economia de tempo em atividades como pulverização e colheita da produção. Por outro lado, essa mudança no perfil dos equipamentos provoca um aumento do risco do trabalho nas propriedades rurais por causa do risco de toque acidental na fiação elétrica.
A época mais sujeita a acidentes está relacionada ao aumento das atividades no campo, quando são feitas a preparação do solo e a colheita com o uso de máquinas de grande porte. Por isso, é preciso aumentar os cuidados para evitar acidentes relacionados à rede elétrica.
Planejamento, o ponto de partida
A primeira orientação, segundo a equipe técnica da Energisa, é planejar as atividades no campo com antecedência. Uma visita à área onde será feito o preparo do solo, plantio ou colheita pode permitir um mapeamento da rede elétrica, o que vai auxiliar no planejamento das atividades para evitar acidentes – levando-se em consideração o tamanho das máquinas e o trajeto a ser percorrido.
Os cuidados para evitar acidentes relacionados à rede elétrica no campo têm a ver com os riscos por trás da atividade rural. A falta de planejamento pode causar incidentes graves, que vão desde a interrupção do fornecimento de energia para milhares de clientes a acidentes fatais.
Além da atenção com as máquinas agrícolas, é preciso ficar de olho em ferramentas mais simples, que podem até parecer inofensivas, como as varas com alguma estrutura de metal. Elas devem ser usadas de forma correta e nunca devem estar próximas a redes elétricas.
Cercas também exigem cuidados
Quem tem ou trabalha em uma propriedade rural também deve estar atento às cercas de arame e seguir algumas orientações. Elas não devem ser contínuas, ou seja, devem ser instaladas com tamanho máximo de 250 metros cada parte. Essa regra deve ser seguida porque, quando um raio atinge uma cerca, essa corrente circula pelos fios de arame. Quanto mais comprido for esse fio, maior será a área de exposição ao perigo.
Além de serem seccionadas, as cercas de arame precisam ser aterradas em toda sua extensão. Quando se opta pelas cercas eletrificadas, é fundamental que o equipamento utilizado na propriedade seja específico para essa finalidade. Também é necessário fixar a sinalização sobre a eletrificação a cada cem metros.
Em caso de acidente e quando houver falta de energia e ou incêndio na rede elétrica, é preciso entrar em contato com os canais da Energisa.
Mais energia para o desenvolvimento da bioeconomia na Amazônia
O cientista Carlos Nobre, uma das maiores autoridades em mudanças climáticas do mundo, tem um antigo sonho de desenvolver a Amazônia economicamente. Para isso, ele desenvolveu uma ideia que não envolve a derrubada de árvores para abrir pastos ou plantações. Nobre quer transformar a floresta em um polo global de tecnologia, mais especificamente de biotecnologia.
Em entrevista à revista Exame, Nobre detalhou seus planos e o andamento dos trabalhos. O projeto, batizado de Amazônia 4.0, prevê a criação de três laboratórios de alta tecnologia, voltados para pesquisas nas áreas de genética, biologia e materiais. Dois deles já estão desenhados e prontos para serem colocados de pé, graças a um financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
Com as pesquisas em andamento, a ideia é atrair empreendedores e investidores dispostos a apostar nos produtos amazônicos. O fornecimento da matéria-prima ficará a cargo das comunidades que moram na floresta, sem intermediários para garantir uma boa renda. Um ponto interessante é que Nobre pretende fazer o transporte dos produtos amazônicos de alto valor agregado utilizando veículos aéreos não tripulados, os populares drones.
Para o Brasil, o avanço da bioeconomia é uma chance única de dar um salto de desenvolvimento. Um levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que, somente as biotecnologias voltadas para a indústria, podem somar ao PIB brasileiro 54 bilhões de dólares, o equivalente a mais de 280 bilhões de reais, em duas décadas. O setor também pode gerar 210 mil empregos e uma arrecadação adicional de 50 bilhões de reais.
Outro estudo, elaborado pelo World Resources Institute, é ainda mais otimista. Se o Brasil incorporar a economia de baixo carbono e a bioeconomia como estratégia de crescimento, terá um ganho de 2,8 trilhões de reais e a adição líquida de 2 milhões de empregos na economia. Nada mal.
A falta de infraestrutura é um entrave a esse desenvolvimento sustentável da Amazônia. O transporte é difícil e caro, o que inviabiliza uma série de investimentos. Os drones contornam esse obstáculo, mas ainda existem outros gargalos, como a eletricidade. Negócios baseados em biotecnologia demandam uma energia constante e segura. Há muita dependência de supercomputadores e sensores de todo tipo no setor. A possibilidade de gerar a própria energia, com placas solares, por exemplo, resolve parte do problema. Mas, o ideal é contar com uma boa rede de distribuição de energia.
Rede de distribuição na Amazônia é ampliada
A boa notícia é que a distribuição de energia na Amazônia está avançando. A Energisa, principal distribuidora da Amazônia Legal, região que compreende todos os estados amazônicos, acaba de finalizar uma linha que trará muita segurança ao fornecimento de energia em Mato Grosso e Rondônia. A Linha de Distribuição de Alta Tensão vai interligar a rede básica de Vila Rica (MT) a Santana do Araguaia (PA), garantindo tranquilidade para a economia e a vida cotidiana dessas comunidades.
Foram investidos 83 milhões de reais em sua construção. O empreendimento integra um pacote de investimentos que a Energisa vem fazendo em Mato Grosso e Rondônia para aprimorar os serviços e contribuir com o desenvolvimento da região. Além de abrigar boa parte da maior floresta tropical do mundo, os dois estados são importantes polos do agronegócio brasileiro, atividade que mais tem contribuído para o crescimento do PIB nacional, nos últimos anos.
“O Araguaia está em forte crescimento econômico e a Energisa tem trabalhado para trazer maior confiabilidade ao sistema elétrico que a região precisa”, afirma José Nelson Quadrado Junior, Gerente da área de Planejamento e Orçamento da Energisa Mato Grosso. “Para nós, é muito importante que as localidades onde atuamos se desenvolvam. E o investimento feito, pensando no futuro e na possibilidade de crescimento de todos os municípios da região do Araguaia, beneficiará 155 mil unidades consumidoras."
Além de levar energia limpa e de qualidade para a população, proporcionando conforto e qualidade de vida, a linha dará suporte para a implantação da universalização da eletrificação rural, uma grande necessidade da região. Ela será o terceiro ponto de suprimento de rede básica, que vai se interligar as subestações de Barra do Peixe e Canarana.
Em outra frente, a Energisa está investindo pesado na construção de subestações para conectar os estados amazônicos ao Sistema Interligado Nacional (SIN), rede de transmissão de energia que conecta todas as regiões do país, permitindo o compartilhamento da geração de usinas hidrelétricas, solares, eólicas e nucleares. Por meio do SIN, a Amazônia pode receber energia gerada na usina hidrelétrica de Itaipu, na divisa entre o Paraná e o Paraguai, ou de usinas eólicas do Nordeste.
Até 2022, estão previstos os desligamentos de 12 usinas termelétricas em sistemas isolados (que não se conectam ao SIN) em Rondônia. Para isso, será necessário investir quase 700 milhões de reais em obras para a instalação de novas redes e subestações. Até dezembro, por exemplo, a região do Vale do Guaporé vai receber 225 milhões de reais em um projeto que beneficia mais de 90 mil moradores dos municípios de Presidente Médici, Alvorada D’Oeste, São Miguel do Guaporé, Seringueiras, São Francisco, São Domingos e Costa Marques.
Serão instaladas 7 subestações e cerca de 340 km de “linhões”, como são chamadas as linhas de alta tensão que abastecem as subestações, responsáveis por alimentar a rede que chega na casa das pessoas. Quatro empreendimentos já foram entregues e a perspectiva é colocar para funcionar as últimas três subestações até o final do ano. As obras seguem o traçado da BR-429, conhecida como a Rodovia da Integração.
Em Seringueiras, as obras foram concluídas dois meses antes do previsto. No eixo da BR- 429, já foi desligada a termelétrica que atendia Alvorada do Oeste. As próximas serão as que atendem São Francisco e Costa Marques. Ao eliminar as termelétricas, que utilizam como combustível o diesel, a concessionária viabiliza uma grande economia no custo de geração. No projeto de Seringueiras, foram 80 milhões economizados.
Com o desligamento de todas as termelétricas em sistemas isolados no Estado, a previsão é de uma economia de 1,7 bilhão de reais no custo de geração, nos próximos 14 anos. Além dessa economia, a Energisa ajuda a reduzir a emissão de carbono na atmosfera, ação fundamental para combater as mudanças climáticas.
Fonte: EPE
As obras da Energisa na Amazônia seguem um rigoroso padrão ambiental. Na linha do Araguaia, o meio ambiente foi uma das grandes preocupações. Para minimizar os impactos na vegetação, o traçado da linha de distribuição priorizou estradas já existentes e terras cultivadas para não interferir em áreas de preservação ambiental. Além disso, os resíduos gerados durante a obra tiveram destinação correta e toda área utilizada na construção da subestação está sendo reflorestada.
Para evitar a necessidade de retirar a vegetação na hora de instalar a fiação, as equipes da Energisa utilizam drones (semelhantes aos imaginados por Carlos Nobre). Os equipamentos são responsáveis por “lançar” os cabos de energia por cima da vegetação.
“Anteriormente, o lançamento dos cabos era feito por terra, em mata fechada, sendo necessária alguma intervenção com a vegetação do local”, afirma Victor Rispoli, gerente de construção e manutenção da Energisa. “Já com a solução proposta por colaboradores da empresa, em alguns casos, conseguimos realizar tudo de forma aérea. Os benefícios são grandes, preservando o meio ambiente e os nossos colaboradores do risco de ataques de animais e de um acidente em locais de difícil acesso.”
Inovações como essa é que vão garantir a entrega de energia para toda população da Amazônia, lar de mais de 20 milhões de pessoas. E também vão garantir a infraestrutura necessária para que cientistas, empreendedores, investidores e as comunidades amazônicas possam utilizar os inúmeros recursos da floresta sem desmatar e com grande retorno financeiro. Esse é o caminho para o desenvolvimento.
Da agricultura familiar a rede de supermercados, a energia faz a diferença
Em Mato Grosso do Sul, a 102 km da capital Campo Grande, está Ribas do Rio Pardo. Com cerca de 20 mil habitantes, o pacato município é pequeno em tamanho, mas não na força para crescer e produzir. É lá que uma grande fábrica da Suzano se instalou graças aos investimentos da Energisa para ampliar a linha de fornecimento de energia.
A expansão dessa malha energética, com o investimento de mais de R$ 38 milhões – incluindo a construção e reforma de 25 km de rede e a instalação de 10 novos equipamentos na distribuição de energia – trazem benefícios para cerca de 7,9 mil unidades consumidoras ou cerca de 25 mil habitantes. Com isso, além de atender a essa indústria de grande porte, a Energisa traz melhorias na qualidade da energia distribuída também para o pequeno produtor rural e o comércio local.
Na região de Ribas do Rio Pardo, podemos encontrar uma série de loteamentos onde prospera a agricultura familiar. A história de Miguel Emiliano de Jesus e sua família é um bom exemplo de como a atuação da Energisa pode transformar vidas.
Miguel e sua esposa vieram de Assis, interior de São Paulo, com o mesmo sonho de muitos brasileiros, ter um pedacinho de terra para plantar. Chegando em Ribas Miguel trabalhou em uma madeireira, mas passou por momentos de muita dificuldade. Um acidente de trabalho fez com que ele ficasse 3 anos acamado. Sua esposa, Jucilene Farias, era quem trabalhava para manter a casa.
– Foi um dos períodos mais difíceis da minha vida, mas não podíamos desistir – conta Miguel.
Após a sua recuperação, uma nova oportunidade surgiu: um lote para agricultura familiar financiado em 15 anos. O início não foi fácil. Ainda sem energia elétrica e plantando apenas quiabo e mandioca, a família não conseguia escoar a produção para os supermercados e restaurantes locais, tendo que sair de moto para vender seus produtos de porta em porta. Além disso, a irrigação só podia ser feita por bombas a diesel, com um custo elevado, além de bastante poluentes.
A chegada da luz elétrica, trazida pela Energisa, mudou a vida da família e mostrou como a infraestrutura e uma cadeia de produção interligadas fazem toda a diferença. A primeira lembrança que Miguel traz da chegada da energia elétrica foi a ligação da bomba de água no poço artesiano do terreno.
– Ligamos a bomba conectada ao poço. Quando a água começou a jorrar, foi uma alegria danada – conta o agricultor.
A luz trazida pela Energisa possibilitou a Miguel trabalhar a irrigação tanto por aspersores como por gotejamento, diversificando a produção ao ar livre e em estufas. Hoje, ele, a esposa e o filho cuidam dos 6 hectares de terra e ainda têm o conforto de uma casa com chuveiro, televisão, geladeira e a internet, fundamental para nossa conversa com o produtor.
Os investimentos na linha de fornecimento de energia para a instalação da fábrica da Suzano trouxeram inúmeras vantagens para Miguel. Foi possível aumentar a produção de hortaliças e ganhar o certificado de produtor orgânico. Com isso, a família vende os alimentos para restaurantes, lojas especializadas em produtos orgânicos e a rede de Supermercados Costa, que hoje é sua grande parceira. Miguel acredita no desenvolvimento da região e pretende ampliar e diversificar a produção:
– Esse ano vamos erguer mais 2 estufas, estamos crescendo!
A rede de Supermercados Costa, que recebe as hortaliças de Miguel, abriu suas portas e cresceu por conta do desenvolvimento energético da região. Quem conta essa história é o supervisor Dirceu Afonso dos Santos, que trabalha nas quatro unidades do supermercado. Antes de tudo, ele valoriza a agricultura local, em especial a familiar, comprando produtos, como os de Miguel, que chegam de perto e fresquinhos todos os dias.
– Não é fácil plantar aqui na região. É preciso encontrar a terra boa, então valorizamos quem diversifica a produção e consegue nos entregar produtos de qualidade – conta Dirceu.
A ajuda da Energisa foi importante para manter a excelência no funcionamento das quatro lojas dos Supermercados Costa. Dirceu conta que tudo se transformou no último ano e que nem mesmo existem mais os picos de luz, antes comuns. Segundo ele, o maior problema da cidade era a energia elétrica.
– O pessoal brincava dizendo que, se um cachorro fazia xixi no poste, acabava a energia na cidade. Hoje tudo mudou. Estamos no céu! – vibra Dirceu.
A última loja do supermercado foi inaugurada em outubro. Tudo havia sido planejado, produtos comprados e divulgação feita. Mas na hora de ligar o sistema de refrigeração, a energia não deu conta. Como a loja ficava no final da linha, faltava força para que a energia chegasse com a potência necessária para todos os equipamentos. Com a experiência que já tinha tido com as lojas anteriores, o supervisor não acreditava que pudesse inaugurar antes do final do ano, mas a Energisa resolveu o problema em tempo recorde. A loja abriu na data marcada, sem a perda de nenhum produto e nenhum prejuízo para os comerciantes e consumidores.
– Mesmo com as chuvas que castigaram o estado, a Energisa conseguiu fazer o estudo e executar a ampliação da potência da energia em menos de uma semana. Foi impressionante! – conta Dirceu, aliviado.
A construção da nova subestação mudou a vida de todo o comércio na cidade. Antes de contar com uma rede energética de mais qualidade, muitos comerciantes lançavam mão de geradores a diesel para dar conta das constantes faltas de luz. Já nos últimos meses, não há mais esse problema na cidade.
– Não me lembro a última vez que ligamos o gerador. Ele continua a postos para alguma eventualidade, mas não tem sido usado, o que é ótimo para nós – relata Dirceu.
Recebendo mais energia e de melhor qualidade, Ribas do Rio Pardo cresce a olhos vistos. Conectando a rede de distribuição energética com a cadeia produtiva local, vai se criando um polo para o desenvolvimento da agricultura, da indústria e do comércio. A cidade e toda a região vão vivendo tempos de mais esperança e crescimento, graças à força do seu povo e aos investimentos da Energisa.
Por que minha conta normalmente aumenta no segundo semestre do ano?
Nos meses de setembro e outubro, as famílias mato-grossenses consomem mais energia. O consumo aumenta, em média, 19% no período. Isso acontece por causa do calor e da falta de umidade, típicos do estado nessa época. Para lidar com as altas temperaturas, é preciso usar mais ventiladores e ar-condicionados, o que se reflete no valor da conta.
Para evitar surpresas no final do mês, é importante ficar atento ao consumo. Veja aqui 12 dicas para economizar energia (Clique aqui )
Além da mudança de hábito das famílias, há também o fator das altas temperaturas. O calor faz com que as geladeiras gastem mais energia para refrigerar os alimentos. Além disso, por causa do desconforto térmico, é comum aumentar o uso de ventiladores e ar condicionado, que são grandes consumidores de energia.
O site www.energisa.com.br tem outras dicas de economia de energia e um simulador de consumo que permite estimar o custo em reais de cada equipamento, dependendo da potência e do período utilizada. Confira!