Conta de luz atrasada pode ser paga em parcelas mensais num período de dois anos
Desde o dia 26 de março, a Energisa Mato Grosso cumpre decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que regula o setor elétrico no país, de suspensão dos cortes de fornecimento de energia por inadimplência para famílias de baixa renda, mais impactadas pela pandemia.
A medida termina neste dia 30 de setembro. Segundo a Aneel, débitos em atraso, que não foram suspensos, devem ser parcelados em até três vezes pelas distribuidoras. No entanto, para apoiar clientes neste momento, a Energisa Mato Grosso estendeu o plano de negociação, com parcelamento da dívida em até 24 vezes no cartão de crédito e corte de juros e multas.
Reaviso indica contas em atraso
Para dar ainda mais informações ao cliente, a empresa está emitindo reavisos, que têm o papel com detalhes em laranja, informando a inadimplência, conforme imagem acima. A iniciativa é mais uma forma de mostrar os caminhos para negociação, reforçando os nossos canais de atendimento:
Funcionários da empresa identificaram postagens em redes sociais em que pessoas apontam uma suposta fraude de emissão de boletos de reaviso de contas em aberto. As informações são falsas, fake news. O caso mostra a importância das checagens antes de fazer disparo (segue um print da imagem abaixo).
Numa manhã de novembro de 2021, o eletricista acreano José Maria Xavier, 50 anos, recebeu um chamado para fazer um atendimento a um morador de uma área remota do Acre, a cerca de 110 km da capital. Devido às fortes chuvas daqueles dias, a energia do cliente em questão havia caído.
A chuva havia dado uma trégua e Zé Maria foi com mais cinco colaboradores até o local munidos de caminhonetes, quadriciclo e jipe 4x4. Os primeiros 80 quilômetros da estrada principal, asfaltada, foram percorridos tranquilamente. Mas quando chegaram aos ramais – estradas vicinais, estreitas e de terra –, o caminho que restava, de cerca de 30 quilômetros, complicou. A caminhonete não passava e o acesso só pôde ser feito de quadriciclo e jipe.
A energia do consumidor foi restabelecida com sucesso. O problema foi a volta. A chuva aumentou demais enquanto a equipe da Energisa fazia o conserto da rede do cliente. Na hora de retornar, os 30 quilômetros de ramal estavam todos alagados.
– Era muita água! A gente teve que amarrar o quadriciclo com corda, fazer linha de vida (uma instalação de cabo de aço, fitas ou corda, que fica conectado ao cinto de segurança dos profissionais) para que a gente e os veículos não fôssemos arrastados pela correnteza – relembra Zé Maria.
O eletricista e sua equipe demoraram mais de 12 horas, a maior parte delas debaixo de chuva, para conseguir voltar a Rio Branco naquele dia.
– Esse atendimento me marcou demais. Peguei resfriado e tudo. Mas o que ficou foi a nossa imensa satisfação de ter conseguido atender o cliente e resolvido o problema dele – diz Zé Maria.
Ser eletricista no Acre, região amazônica, segundo Zé Maria, envolve muitos desafios: acessos difíceis e clima chuvoso e quase 70% da rede elétrica construída em áreas de muita vegetação. E como energia é um serviço essencial, a população fiscaliza e cobra mesmo.
Há poucas semanas, outro episódio marcante na rotina de Zé Maria: ao chegar a uma residência sem energia, encontrou o cliente muito nervoso. O técnico disse que escutou o cliente, falou que não estava ali para discutir e sim para resolver a questão. Problema resolvido, o cliente foi da raiva à gratidão, fazendo questão de ligar para a ouvidoria e elogiar o profissional.
– Ele me abraçou, com lágrimas nos olhos, disse que estava a fim de briga e que o fato de eu não ter revidado fez com que ele se acalmasse. Aquilo me marcou. Saí muito satisfeito. O cliente tem seus motivos para estar daquele jeito, não sabemos. Temos que saber lidar com todos os tipos de emoções que encontramos com calma e gentileza.
O eletricista Zé Maria, da Energisa Acre
Muito além das aptidões técnicas que o ofício exige, equilíbrio emocional, foco, escuta e segurança são alguns dos atributos mais desejados hoje para uma contratação de um eletricista. É o que explica Andressa Nogueira, do RH da Energisa Acre, responsável pelo recrutamento e seleção de profissionais.
– Prezamos muito por uma pessoa que tenha um alinhamento forte com a cultura da Energisa: valorização da vida, da segurança e do cliente – explica. – Não rebater agressividade, ser assertivo, saber ouvir. E no caso específico aqui do Acre, precisamos de técnicos com disponibilidade para viajar ou morar em áreas remotas, cujo acesso é demorado numa situação mais emergencial.
De acordo com Andressa, de 2021 até agora, o Grupo Energisa já contratou mais de 300 profissionais da área operacional, o que inclui todos os eletricistas. Muitos deles, bem jovens, recém-saídos de cursos técnicos. Alguns, inclusive, que têm Zé Maria como um exemplo a ser seguido.
– Muitos pedem pra sair a campo comigo, aprender, me chamam de tio, pedem conselhos – conta, orgulhoso, o eletricista. – Digo para eles: é preciso estar concentrado, saber abordar o consumidor, mesmo ele estando devendo. Ninguém sabe das dificuldades dos outros. E é preciso deixar bem claro que estão representando e empresa, é a reputação dela que está em jogo.
Quando perguntado sobre a importância do Dia do Eletricista para ele, Zé Maria não titubeia:
– Ser eletricista é cuidar, proteger e trazer bem estar para as pessoas, tanto de um adolescente que, mesmo numa zona rural, quer ter o wi-fi dele, até uma dona de casa que precisa da geladeira. E afirmo: tenho muito mais alegrias do que momentos difíceis aqui na Energisa. Hoje, 90% dos meus amigos, fiz aqui dentro.
Subestação vai atender mais de 3,6 mil moradores de comunidades na Transacreana
A obra da subestação que vai atender os mais de 3,6 mil consumidores das comunidades localizadas ao longo da Rodovia Transacreana, no Acre, deve ser concluída ainda neste mês de dezembro. Estão sendo instalados 66,5 quilômetros de linhas de distribuição exclusivas que irão oferecer energia elétrica de qualidade e confiável aos mais de 3,6 mil clientes da região. O investimento é de R$ 13 milhões.
De acordo com o gerente do Departamento de Construção e Transmissão da Energisa no Acre, André Amarante, a obra está em ritmo acelerado, apesar das chuvas que atingiram a região recentemente.
“Sabemos da importância dessa obra para os moradores. Estamos comprometidos em cumprir o cronograma e entregar esse investimento que veio em boa hora e vai impactar diretamente na qualidade de vida dos clientes e em suas produções”, explicou.
Neste ano, a Energisa realiza investimentos de R$ 419 milhões na área de concessão do Acre. A quantia é a maior já investida na história do setor elétrico do estado.
Desde que assumiu a concessão, em dezembro de 2018, já foi aplicado mais de R$ 1 bilhão, beneficiando todos os municípios e contribuindo com a melhoria e a ampliação do fornecimento de energia.
Além da Transacreana, a Energisa está investindo na construção de subestações e linhas de distribuição de energia em Rio Branco, Acrelândia, Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Feijó e Mâncio Lima, e melhorias na subestação de Sena Madureira. Também serão construídas novas redes de distribuição para atender aos municípios de Porto Acre e Bujari.
O Grupo Energisa lidera o maior projeto de descarbonização do Brasil. Até 2025, somente no Acre, serão desativadas cinco usinas termoelétricas. As intervenções estão divididas em três blocos. No bloco I, concluído em 2020, as cidades de Assis Brasil e Manoel Urbano foram interligadas ao Sistema Interligado Nacional; no bloco II, serão contemplados, até 2023, os municípios de Feijó e Tarauacá. O bloco III prevê a conexão da região de Cruzeiro do Sul, até 2025.
Atualmente, as sete usinas térmicas do Acre consomem cerca de 5,5 milhões de litros de óleo diesel por mês.
Espaços culturais da Fundação Ormeo Junqueira Botelho atraíram mais de 53 mil pessoas em 2021
Os seis espaços culturais da Fundação Ormeo Junqueira Botelho, na Paraíba, Minas Gerais e Rio de Janeiro, receberam a visita de mais de 53 mil pessoas, em 2021. O público formado por crianças, adolescentes, adultos e terceira idade participou de ações educativas e de entretenimento. A entidade tem a Energisa como principal mantenedora.
Com quatro desses espaços, Minas Gerais foi responsável por atrair 46% deste público total, e a Paraíba, com a Usina Cultural, em João Pessoa, 23 mil pessoas (43%). O Rio de Janeiro, com a Usina Cultural de Nova Friburgo, atraiu seis mil pessoas em 2021.
Por causa da pandemia, o funcionamento dessas unidades foi parcialmente suspenso. A Fundação teve que criar novas formas de incentivar, desenvolver e difundir os trabalhos. O resultado surpreendeu, com o envolvimento de novos públicos através do ambiente virtual, em soluções que se tornaram gradualmente híbridas, e vieram para somar.
No início do século 20, o engenheiro e político dedicado ao setor elétrico e precursor na preservação do meio ambiente no Brasil, Ormeo Junqueira Botelho, parafraseou Santo Agostinho: “Nada merece ser feito, mesmo que bem feito, se a alma não estiver no feito”, e previu o que viria a ser a atividade da fundação sem fins lucrativos, que traz o nome dele e é dedicada a fomentar a arte, a educação e a cultura no Brasil.
Fundação sem fins lucrativos fomenta a arte, a educação e a cultura no Brasil
Arte-educação, memória e patrimônio são modos de inserir reflexão, instruir e valorizar a cultura brasileira. Artes visuais e audiovisuais, literatura, teatro, música, dança foram manifestações oferecidas não só nos espaços físicos, mas também disponibilizadas virtualmente, alcançando novos olhares, para além das fronteiras territoriais.
Alguns projetos reuniram um número maior de pessoas em 2021 e revelam a força da cultura brasileira; com uma produção fértil e um público eclético capaz de se atrair e se encantar com gêneros diversos, ao apreciar artistas regionais – contemporâneos e tradicionais. Música, fotografia, exposição, literatura e cinema foram algumas áreas em destaque de audiência (aplausos, views e likes), ao longo do último ano, em cada um dos espaços da Fundação. É possível degustar momentos deste belo resultado no canal do YouTube da FOJB.
Encontro Nacional de Forrozeiros e Fórum Forró Raiz
Alcançando 11 mil pessoas com atividades híbridas (presenciais e online), o IV Encontro Nacional de Forrozeiros e o III Fórum Nacional de Forró Raiz aconteceram na cidade de João Pessoa (PB), com patrocínio do Grupo Energisa, realização da Associação Cultural Balaio Nordeste e apoio da Usina Energisa. No Espaço Cultural José Lins do Rego e na Usina Cultural, uniram-se artistas, conhecedores das matrizes do forró e convidados da cena cultural de todo o país e do exterior, em shows, debates, exposição e na entrega, pelo IPHAN, do “Título Matrizes Tradicionais do Forró como Patrimônio Imaterial Brasileiro”.
Concurso de fotografias “Esperança é energia”
No Museu Energisa, em Cataguases (MG), foram cerca de cinco mil pessoas apreciando as obras do concurso de fotografias intitulado “Esperança é energia”. Para alcançar um amplo público de adolescentes, jovens e adultos, além de estimular o olhar como principal valor artístico, as inscrições reuniram fotografias captadas por quaisquer dispositivos digitais, incluindo celulares, tablets ou câmeras.
Concurso de fotografias “Esperança é energia”
Arte PocketFest
Ainda em Cataguases, o Arte PocketFest, realizado no Centro Cultural Humberto Mauro, envolveu quase quatro mil pessoas. Em sua primeira edição em 2021, com o objetivo de capacitar e premiar artistas e produtores culturais locais, o Arte PocketFest revelou profissionais talentosos da Zona da Mata, divulgando seus trabalhos e promovendo a formação na área de produção cultural. Os oito finalistas foram contemplados com um curso de capacitação em leis de incentivo, acessibilidade cultural, escrita de projetos para editais de patrocínio e prestação de contas. Além disso, oito bandas participaram da Mostra Competitiva de Música Autoral, com votação popular e premiação para o grupo vencedor. As apresentações foram realizadas pelo Som & Fúria – programa, disponibilizado pelo Anfiteatro Ivan Müller Botelho, na Fundação Ormeo Junqueira Botelho (FOJB), para difusão de shows musicais de diversos gêneros. Confira abaixo o show de Murilo Abrita, primeiro colocado no Arte Pocketfest 2021.
Projeto “O livro que eu indico”
Na literatura, o destaque de 2021 foi “O livro que eu indico”. Desenvolvido pela Casa de Leitura Lya Maria Müller Botelho, da FOJB, o projeto atraiu em torno de mil pessoas em ambiente virtual ao longo de 2021, e continua atraindo no canal aberto da Fundação no Youtube. Teve por proposta a criação em série de 6 episódios de cerca de 10 minutos cada, lançados mensalmente, em que foram indicados e comentados livros por convidados. Em 2021, contribuíram alguns intelectuais, professores e escritores mineiros: Cláudia Conte, Cláudio Guerson, Poliana Rodrigues Santos, Rodrigo Fialho, Sarom Durães e Wagno Rocha Antunes. Assista abaixo ao primeiro episódio da série, com uma homenagem ao poeta Carlos Drummond de Andrade.
Documentário “Restará sempre muito o que fazer”, de Julio Adrião
Em Nova Friburgo (RJ), a Usina Cultural teve por principal atração em 2021 a exibição virtual do documentário “Restará sempre muito o que fazer”, do ator Júlio Adrião. O curta, produzido durante a pandemia, foi montado a partir do cruzamento de antigas cartas e imagens que narram o cotidiano de um pai e um filho, cada um em seu local de trabalho, em lugares distantes da família.
Além de promover a cultura brasileira, os 6 espaços da Fundação preservam ainda um importante patrimônio arquitetônico do país, como o casarão em art nouveau que abriga o Museu Energisa, em Minas Gerais; a Usina Cultural de Nova Friburgo (RJ), localizada no prédio onde funcionava o escritório da antiga Companhia de Eletricidade de Nova Friburgo (CENF), hoje Energisa; ou ainda, o galpão da Usina Cultural, na região de Cruz do Peixe (PB), sede da primeira subestação da capital (Tração, Luz e Força).
Sem dúvida, como preconizou Ormeo Junqueira Botelho, o que é realizado pela Fundação tem alma. Alma dos artistas, educadores, produtores e mantenedores deste projeto repleto de som e fúria, de esperança e energia, que estimula a criação e a difusão da cultura no Brasil.